domingo, 30 de março de 2008









(Fascículo27)





Para Salazar, “a alma vivificadora da exposição, ia a coroa radiosa de flores da sua Obra Monumental” - podia ler-se à época nas edições das revistas, dedicadas à mesma.

8 - HISTÓRIA REPETIDA

A imprudência e algum primitivismo - e ou empirismo -, certamente advindos da ideia da construção ser proveniente de uma Comissão mais preocupada com o esplendor do que no respeito por exigências técnicas, não permitiu que se tivessem tomado as cautelas necessárias para evitar o contratempo acima relatado.







fig. 26 - O volteio da «Vasa»



E o certo é que nos arquivos da história havia exemplos que mereciam atenção e uma tomada de especiais cautelas aquando da decisão de se construir a Nau.


8.1 – A «VASA KRANTAR»


fig. 27 - A «Vasa» no Museu de Estocolmo



De facto uma Nau, a «VASA KRANTAR» de 69 m de comprimento, 11,70 m de manga e 3,9 m de calado, com um deslocamento de 1200 Ton, na sua primeira viagem realizada em 10.08.1628, depois de recorridos umas centenas de metros, à primeira sopradela vento, voltou-se. E afundou-se, perante o olhar de espanto de uma multidão que tinha acorrido para apreciar aquela que se dizia ser, a unidade definitiva com que Adolfo Gustavo II pretendia aniquilar a Polónia.
Permaneceria três Séculos no fundo do mar.
Em 1961 o Eng.º Anders Franzen conseguiu obter o interesse do rei da Suécia Adolfo Gustavo IV - curiosa coincidência - e conseguiu erguer o barco em 24.04.1961.


Depois de tratada e recuperada foi levada para o Museu de Estocolmo.

fig-27 A Vasa no Museu de Estocolmo

quinta-feira, 20 de março de 2008



(fascículo 26)





Em espaço contíguo tinha lugar uma exposição sobre o «Vinho do Porto». Representações da «Companhia de Diamantes» e da «Companhia Colonial de Navegação» poderiam ser, ainda, apreciadas.
Na coberta principal alinhava-se a «Ala dos Mercadores», verdadeiro mercado em exposição a fazer lembrar os encontros com povos nativos, que iam sucedendo ao longo das viagens,e aproveitados para trocas comerciais.


fig. 24 - A coberta dos canhões

No castelo de proa da Nau funcionava um restaurante posto ao serviço dos visitantes ; nos porões podiam ser apreciadas(e provadas) mostras de vinhos portugueses ; no terceiro deck ficava a casa da Capitania.
A réplica daquele que teria sido um Galeão do séc. XVII - XVIII, executado em madeiras portuguesas e outras, vindas do Brasil, aparentava um tom de mel escuro, acolhedor, doce, sedoso e apaixonante.
Admite-se ter sido visitada por cerca de TRÊS MILHÕES de pessoas tendo-se mantido em exposição até ao dia 2 de Dezembro do ano de 1940.
(cont)

domingo, 9 de março de 2008

( Fascículo 25)





















fig. 22 - Finalmente fundeada em Belém




7 - EXPOSIÇÃO DE OURO







Em 7 de Setembro a Nau é - finalmente - «aberta» ao público.




fig. 23 - Interior sumptuoso da Nau



Na cabina do Comandante, poderiam ser apreciadas peças sumptuosas de mobiliário dos Séc. XVII e XVIII, pródigos em talha e embutidos, a que não faltavam incrustações douradas, deslumbrantes.Podiam,ainda,ser contempladas excepcionais tapeçarias das Índias. Era aí que tinha lugar a «Exposição do Ouro», organizada sob o alto patrocino do Banco de Portugal. Uma verdadeira riqueza em objectos e moedas que podia ser vista e apreciada por quantos tiveram a oportunidade - única - de ali se dirigirem.

(cont)