fig 15 – A Nau peada a terra
Notou-se desde logo, uma certa tendência para a Nau voltar a inclinar-se, o que indiciava problemas de instabilidade irreversivel,se nada fosse feito. Assim, enquanto a cábrea mantinha a Nau em posição, e se lastrava esta, mandou-se abrir um rego perpendicular ao anterior, no sentido norte-sul, para onde se deslocou a embarcação, que, convenientemente peada para terra, ficou em posição de aproada, ao norte.
A questão agora - para o engº Sá -, era de fazer quanto antes uma prova de estabilidade estática. Pretenderia, assim, determinar a posição do metacentro depois de, numa primeira tentativa, mais ou menos a olho, lastrar a embarcação.
5 - A QUESTÃO TÉCNICA
Rapidamente, e de um modo simplificado, vejamos os aspectos técnicos do problema.
Quando uma embarcação mergulha na água, o seu peso (deslocamento) é aplicado no seu centro de gravidade G. A parte do casco imersa cria uma força de impulsão, de sentido contrário.
Ora quando a embarcação sob a aplicação de eventual força exterior, se inclina, três situações se podem verificar :
1ª - O Metacentro (M) ( ponto onde conflui o plano diametral da embarcação e a vertical traçada desde o centro da carena quando este se deslocou, motivado por uma inclinação provocada na embarcação situa-se acima de G .
fig 16 - Equilíbrio estável
Nestas condições a embarcação é estável, tendendo a endireitar-se quando a força que lhe provocou a inclinação, desaparece ou diminui (fig 16)
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