domingo, 6 de janeiro de 2008

(Fascículo 18)

Logo no dia seguinte o engº Sá Nogueira apresentar-se-ia em Aveiro, acompanhado pelo Comandante Luís Spencer, a quem iria encarregar de dirigir os trabalhos, no local. De imediato contactou o Mestre Mónica, explicando-lhe o plano com que tencionava, rapidamente, voltar a pôr a Nau a flutuar. Para isso, os meios que tinha no Porto de Lisboa, pareciam-lhe suficientes. Solicitou, então, que lhe fossem entregues planos detalhados da embarcação, pois desejava, antes de se lançar ao trabalho, efectuar diversas verificações.


Perplexo, recebeu a informação do Mestre, de que pouco mais haveria do que um plano geral (!!!) de formas (fig 13), porquanto, dado o pouco tempo havido entre a tomada da decisão de construir a Nau e a data da exposição, se teria pensado - tratando-se de uma réplica de embarcação já provada, e não haver muitas transformações a fazer para a adaptar aos fins em vista - serem dispensáveis planos mais pormenorizados, de maior detalhe técnico construtivo.
Este teria sido, afinal, o erro capital, omissão imperdoável que teria conduzido ao desastre!
O que o engº Sá Nogueira se queria certificar, era se o volteio da Nau fora causado por falta de estabilidade, ou se teria sido produzido pelo encalhe ; e, neste caso, se aos impulsos hidrodinâmicos, outras solicitações exteriores se lhes teriam vindo juntar.
Voltando a Lisboa ordenou que se aprontassem, o rebocador «Cabo da Roca», a draga «Engenheiro Matos» e a cábrea «Adolfo Loureiro» ; os primeiros largaram para Aveiro a 16 desse mês, tendo aqui chegado a 18. O rebocador voltaria ainda a Lisboa para trazer a cábrea.
Entretanto, em Aveiro, foram solicitados aos Pilotos da Barra todos os elementos possíveis sobre a navegabilidade da ria, bem como do canal de acesso da barra.

(cont)

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